UFRN aprova título de professora emérita para Estela Maria, primeira professora mulher do Departamento de Matemática

O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aprovou nesta quinta-feira, 25, a concessão de título honorífico de professora emérita in memorian a Estela Maria Araújo de Carvalho, primeira professora mulher do Departamento de Matemática (DEMAT/UFRN). Além da destacada atuação na docência, a homenageada desempenhou cargos de gestão ao longo de três décadas, entre eles o de coordenadora administrativa do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

“Estela teve sempre destacada atuação profissional, demonstrando o seu integral compromisso não apenas com a formação de novos matemáticos e a Educação como um todo, mas como defensora intransigente do crescimento da instituição à qual serviu. Seu entusiasmo pela atividade laboral era ímpar”, lembra a relatora do parecer no Consuni, Ângela Maria Paiva Cruz, a qual destacou o merecimento do título pela disposição em valorizar a matemática, empreender e servir à UFRN.

Natural de Pernambuco, Estela Maria Araújo de Carvalho veio morar no Rio Grande do Norte ainda jovem e cursou faculdade de Matemática na UFRN, com posterior mestrado com ênfase em Análise Numérica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em 1970, foi a primeira mulher a lecionar no curso de Matemática da UFRN e, do mesmo modo, foi pioneira ao assumir um cargo de gestão no Departamento de Informática e Matemática Aplicada (DIMAp/UFRN), em 1990.

A professora atuou ainda como coordenadora do Programa Institucional de Capacitação Docente (PICD); diretora do Núcleo de Matemática Aplicada e Computação (Numac); diretora administrativa da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) e assessora da Reitoria para Assuntos Administrativos e de Infraestrutura da UFRN, entre os anos de 2012 a 2019. Seu destaque na área de ciências exatas a elevou como uma das homenageadas pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), do Rio de Janeiro, que realizou em 2019 a exposição visual Um olhar singular: Contribuições de Mulheres à Matemática Brasileira.