Apesar das críticasde parte da população, de ambientalistas e de países como a Alemanha, a Comissão Europeia aprovou nesta quarta-feira (02/02) o projeto que conceitua a energia nuclear e o gás como fontes de energia sustentáveis – ao menos sob determinados critérios – dentro do bloco. Ambos serão incluídos na assim chamada regulamentação de taxonomia, um sistema de classificação que visa direcionar os investimentos no setor para as energias verdes. A coalizão governamental alemã, de social-democratas, liberais e verdes, era contra a proposta, e conseguiu que algumas condições para a inclusão do gás no projeto fossem flexibilizadas. Berlim também se posicionou contra a energia nuclear, que conta com o apoio de países como França – onde 70% da eletricidade é de origem nuclear – e do Norte, Centro e Leste Europeu.
Polônia, Hungria, República Tcheca, Bulgária, Eslováquia e Finlândia estão do lado da França, enquanto Áustria, Dinamarca e Luxemburgo concordam com a Alemanha. Concretamente, as usinas de energia a gás natural, por exemplo,só serão consideradas “verdes” se não ultrapassarem um limite de emissões de CO2 de 270 gramas por kWh (kilowatts/hora) até o começo da década de 2030. No entanto ficam obrigadas a reduzir suas emissões até, no máximo, 2035.
Fonte: DW Brasil