O Ministério da Educação decidiu suspender, em portaria publicada na quarta-feira, novos contratos do Fies e do ProUni com 10 instituições de ensino submetidas que pertenciam, até o ano passado, à Laureate Brasil e hoje foram absorvidas pelo grupo Ânima.
As unidades são alvo de um processo de supervisão da pasta após denúncias de irregularidades encampadas pelo MPF, que entrou com uma ação civil pública, no ano passado, para obrigar o MEC a fiscalizá-las.
A medida vale para gigantes como o Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e a Universidade Anhembi Morumbi (UAM), sediados em São Paulo, bem como o Centro Universitário IBMR, no Rio de Janeiro, e a Universidade Salvador (Unifacs). Há restrições também a empresas da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Além de não poderem celebrar novos contratos com Fies e ProUni, que facilitam a entrada de novos alunos com incentivos federais, elas não poderão fechar quaisquer novas parcerias para a oferta de bolsas com o governo por até um ano ou enquanto durarem as apurações. Também ficam suspensos os processos para regular cursos de educação à distância no MEC.
Denúncias de professores divulgadas no ano passado pela Agência Pública indicaram práticas irregulares: elaboração de atas forjadas para o reconhecimento de cursos junto ao ministério, escalação de docentes para trabalhar em áreas desconexas àquelas em que se formaram e utilização de robôs na correção de provas. Tudo sem o conhecimento dos estudantes.
Fonte: Jornal O Globo