Vacinação contra a Covid-19 põe em guerra lideranças políticas no Brasil

Os palácios do Planalto e dos Bandeirantes estão em guerra, nos últimos dias, em torno da vacinação contra a Covid-19. Com a chegada dos insumos para a produção da CoronaVac pelo Instituto Butantan essa semana, o governador de São Paulo, João Dória, afirmou que pretende começar a vacinar sua população já em janeiro, dois meses antes do previsto para a primeira fase da imunização nacional. Os insumos recebidos permitem a produção de um milhão de doses da vacina, desenvolvida pelo laboratório chinês SinoVac. Em novembro, o Butantan, parceiro no Brasil da empresa chinesa, já havia recebido 120 mil doses completas. A vacinação, porém, depende de sinal verde da Anvisa.

Enquanto Doria recebia o material da China e criticava a demora do governo federal em iniciar a vacinação, o presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores que não poderá ser cobrado depois por “problemas” provocados pelos imunizantes. Além disso, o Senado aprovou dois itens ligados à vacinação. Primeiro, ratificou a aprovação pela Câmara da MP que libera quase R$ 2 bilhões para compra da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, com a qual a Fiocruz tem parceria. Em seguida, os senadores aprovaram um projeto que torna a vacina contra covid-19 direito de todos e gratuita, priorizando os grupos de risco. A matéria ainda tem que passar pela Câmara e pela sanção presidencial.