VACINAÇÃO PRIORITÁRIA: MPRN quer impedir vacinação da imprensa contra Covid e governo deve recorrer da decisão

O Ministério Público do Rio Grande do Norte buscou através de ação civil pública que a vacinação contra a COVID-19 seja alterada para incluir novos grupos prioritários. Entre eles os profissionais da imprensa como prendia a governo do RN após solicitação só Sindjorn (Sindicato dos Jornalistas do RN). A Justiça do Rio Grande do Norte acolheu o pedido do MPRN e da Defensoria Pública (DPE-RN) e suspendeu a vacinação de profissionais da imprensa contra a Covid-19 no estado. O governo estadual havia anunciado para esta semana a vacinação desse grupo. A intimação é direcionada à governadora Fátima Bezerra (PT) e ao secretário de Saúde, Cipriano Maia.

A vereadora Divaneide Basílio (PT) publicou em suas redes sociais que “os profissionais de imprensa foram incluídos recentemente na prioridade do Plano Nacional de Imunização”, mas logo depois corrigiu dizendo que “Os profissionais de imprensa não foram incluídos oficialmente no PNI. O Governo do RN, de forma colegiada, determinou a vacinação dessa categoria com as doses da reserva técnica.”, disse.

O Blog Antenado confirmou que a imprensa não foi incluída no plano nacional de imunização ainda no site do Ministério da Saúde. Existem campanhas e até projetos no Congresso que buscam essa inclusão. A última inclusão entre grupos prioritários aconteceu em 06 de julho, quando o Governo Federal decidiu acrescentar bancários e funcionários dos Correios. A decisão beneficia ao menos 500 mil bancários e 100 mil empregados dos Correios em todo o país. Estão incluídos até mesmo os empregados que estão trabalhando em regime home office ou que não estão em funções diretamente ligadas ao atendimento ao público.

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte tem 72 horas para se pronunciar. De acordo com o chefe de gabinete da governadora Fátima Bezerra, Raimundo Alves, “Nós vamos tentar convencer a justiça de manter o calendário e sim vacinar os profissionais da imprensa. Se for preciso vamos recorrer, sim. Já o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte (Sindjorn), Alexandre Othon, disse em nota divulgada nas redes sociais estar surpreso com a decisão e solicitou que o próprio MPRN reveja sua posição: “enxergando a nossa essencialidade é que não estamos atrapalhando, impedindo ou ‘passando na frente’ de qualquer categoria ou grupo prioritário”, defendeu o presidente do sindicato.