Algumas formas de vida microscópicas da Terra poderiam sobreviver temporariamente em Marte, anunciaram pesquisadores da Nasa em novo estudo publicado nesta segunda-feira (22). A equipe simulou as condições do planeta vermelho em um experimento que aconteceu na estratosfera terrestre, a 38 km da superfície do globo. O estudo verificou que uma espécie de fungo é especialmente resistente às condições adversas da superfície marciana. Os resultados saíram justamente no momento em que Marte está no centro das atenções do mundo – há poucos dias, o rover Perseverance, da Nasa, pousou no planeta e inclusive já começou a fotografá-lo. A missão faz parte de um esforço crescente das agências especiais pelo mundo de estudar o nosso vizinho, incluindo planos de levar os primeiros humanos para lá em meados da década de 2030.
O novo experimento traz informações importantes nesse sentido. Conduzido por pesquisadores da Nasa e do Centro Aeroespacial Alemão, ele visou descobrir se alguma forma de vida conseguiria sobreviver a uma estadia em Marte, pelo menos temporariamente. À primeira vista, a ideia parece bastante improvável: a superfície do planeta vermelho têm baixíssima pressão e baixíssimas temperaturas, e como sua atmosfera é bem menor do que a da Terra, Marte é constantemente bombardeado por radiação ultravioleta, raios gama, raios X e raios cósmicos vindos do espaço. Um cenário nada convidativo para a vida como conhecemos.
Mas alguns microrganismos terrestres já se mostraram bons candidatos quando o assunto é sobreviver a condições extremas, com destaque para algumas bactérias e fungos. Para testar se eles sobreviveriam ao ambiente marciano, é preciso replicar essas condições em um ambiente controlado – o que não é nada fácil.
Fonte: Revista Superinteressante