Militares prendem ministros e líderes políticos em golpe de Estado no Sudão

As forças militares prenderam a maioria dos ministros e líderes de partidos pró-governo em golpe militar nesta segunda-feira (25/10) no Sudão. O primeiro-ministro interino, Abdalla Hamdok, foi levado para um local não revelado e pediu ao povo que resista ao golpe. Em resposta, milhares saíram às ruas da capital Cartum e da cidade vizinha Omdurman, para protestar contra o golpe.

O general Abdel Fattah al-Burhan, que chefiava o Conselho Soberano, anunciou estado de emergência em todo o país em pronunciamento na televisão estatal, e dissolveu o próprio conselho e o governo de transição, chefiado por Hamdok.

Formado por civis e militares, o Conselho Soberano foi criado há dois anos, após a queda do ditador Omar al-Bashir, após governar o Sudão por 30 anos. O órgão vinha sendo afetado por discordâncias entre seus membros.

Militares levaram Hamdok para um local não revelado, após relatos iniciais de que teria sido colocado em prisão domiciliar. “Depois que ele se recusou a participar do golpe, uma força do Exército deteve o primeiro-ministro, Abdalla Hamdok, e o levou para um local não identificado”, declarou o Ministério de Informação sudanês, acrescentando que Hamdok conclamava o povo sudanês a resistir ao golpe e “defender sua revolução”.

Fonte: DW Brasil

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