Centros de Atenção às Vítimas do TJRN realizam mais de 800 atendimentos no 1º ano de funcionamento

Os Centros de Atenção às Vítimas de Violência (CEAV), do TJRN atingiram a marca de 818 atendimentos realizados no primeiro ano de atividades, oferecendo suporte abrangente para aqueles que enfrentam situações traumáticas e de violência.
Além dos atendimentos diretos, os centros também realizaram 513 encaminhamentos, conectando as vítimas aos recursos e serviços adequados para atender necessidades específicas. Esses encaminhamentos são a abordagem colaborativa adotada pelos Centros para garantir que as vítimas recebam o suporte de que precisam.
O Rio Grande do Norte conta com 13 Centros de Atendimento às Vítimas de Violência. Desses, seis (Natal, Macaíba, Mossoró, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Parelhas), dois (Caicó e Pau dos Ferros) oferecem espaço físico e equipe compartilhada com as Varas da Violência Doméstica e Infância e Juventude e cinco (Caraúbas, Apodi, Nova Cruz, Santo Antônio e Currais Novos) estão em fase de implantação.
“A ótica da política de atenção às vítimas não é a mesma que temos em um processo tradicional. Os centros estão ali para fazer o acolhimento. Não estão para julgar as vítimas, para dizer quem tem a verdade ou para resolver um conflito. Estão para atender necessidades, para que as vítimas entendam quais são os seus direitos, e para dar os encaminhamentos às autoridades”, explica o coordenador estadual dos centros, o juiz Fábio Ataíde.
O próximo passo é qualificar o atendimento com mais servidores e solidificar as equipes já implantadas. Além disso, Fábio Ataíde ressalta a elaboração de um termo de cooperação com a OAB-RN, já em andamento, para que os profissionais da área passem a fornecer assistência jurídica às vítimas dentro dos centros.
Violência contra a mulher
As estatísticas comprovam que são as mulheres quem mais procuram os serviços dos Centros de Atenção às Vítimas. A equipe da Coordenação da Mulher de Pau dos Ferros, por exemplo, teve o maior número de atendimentos e encaminhamentos internos.
“Espaços como a Sala Lilás e os centros aproximam o Judiciário das pessoas vitimizadas. Aqui elas são acolhidas e escutadas em sua totalidade. Não são vistas apenas como vítimas ou meios de prova para um processo judicial. A gente orienta, atende e encaminha para a rede de acolhimento, de acordo com a necessidade, desmistificando medos e receios que trazem até nós”, conta a psicóloga da Sala Lilás e do centro de Natal, Nayara Bilro.

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