Ludmilla foi acusada de intolerância religiosa após a apresentação no festival Coachella, em Los Angeles, nos Estados Unidos, no último domingo (22). A cantora brasileira comentou a polêmica nesta segunda-feira (21), justificando a situação e a mensagem exibida no telão durante o show.
Entre as músicas apresentadas, Ludmilla tocou “Rainha da Favela” e, durante a apresentação, algumas imagens de comunidades cariocas eram exibidas no telão. Entre elas, uma trazia o seguinte texto: “Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”. O trecho viralizou nas redes sociais, onde internautas apontaram uma suposta intolerância religiosa.
Através de publicação no X (antigo Twiter) Ludmilla afirmou que a frase foi tirada de contexto. Segundo a cantora, o vídeo “traz diversos registros de espaços e realidades” nos quais ela “cresceu e viveu por muitos anos”. Ludmilla afirmou que, sem o devido contexto, tentaram “reescrever o significado da imagem”.
“Rainha da Favela apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste”, escreveu Ludmilla.
A artista descreveu, então, as mensagens passadas ao longo do show apresentado por duas vezes no coachella e destacou que as gravações são de uma fotógrafa negra e periférica. “Não me coloquem nesse lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde vim. […] Respeito todas pessoas como elas são, independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas”, encerrou.