Ministério da Saúde atualiza cenário epidemiológico sobre a dengue no Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, atualizou na terça-feira (5), junto a técnicos e especialistas da pasta, o cenário dos casos e mortes por dengue no Brasil. Em entrevista a jornalistas, Nísia destacou que a aceleração de registros casos da doença no início deste ano está associada muito fortemente à mudança climática. 

Nísia reforçou que a união com estados e municípios tem sido valiosa para o combate ao Aedes aegypti. “Foram feitas campanhas para combate ao mosquito em anos anteriores. Desta vez, no entanto, um ponto importante está sendo essa forte sinergia entre Ministério, estado e municípios por meio de seus conselhos. Isso é muito importante porque o Ministério da Saúde nunca teria sucesso se pensasse só em ações de gabinete”, disse Trindade. 

Durante a apresentação aos jornalistas, também foi anunciado que, em breve, a pasta deve emitir uma nota técnica recomendando a ampliação da faixa etária do público a ser vacinado contra a dengue. Foi feito um cálculo para não deixar descoberta a população prioritária já atendida com a primeira dose que, até então, tem recomendação para crianças de 10 e 11 anos. A pasta fará estudo para ampliar para a faixa etária de 14 anos, respeitados os critérios já estabelecidos para prioridades. O documento deve estar disponível para a população nos próximos dias. 

“Para além da vacinação, nós temos dois focos: a prevenção com o controle do vetor e a o cuidado por meio da nossa rede de atenção à saúde”, explicou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.  

Quanto aos insumos disponibilizados aos estados, foram enviados: 

  • 348,5 mil testes de sorologia;  
  • 177,1 mil testes de biologia molecular;
  • 41,2 mil kg de larvicidas; e
  • 139 mil L de adulticidas para uso em fumacê. 

Até o momento, o Ministério da Saúde destinou R$ 44 milhões para apoiar gestores locais que declararam emergência em saúde pública para o enfrentamento da dengue. Os recursos são parte do total de R$ 1,5 bilhão reservado pela pasta para este fim. 

Do montante, R$ 6,7 milhões foram para os estados, R$ 5,5 milhões para o Distrito Federal e R$ 31,7 milhões para os municípios. O apoio financeiro será destinado para medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. Até o momento, foram contemplados com o auxílio financeiro Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e mais 79 municípios desses e de outros estados. São eles: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amapá e Bahia. 

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