O que é o sistema que espionou jornalistas, ativistas e advogados

Ativistas de direitos humanos, jornalistas e advogados em todo o mundo foram alvos de roubo de dados e espionagem por meio de um software para telefones vendido a governos por uma empresa de vigilância israelense, segundo reportagens de diversos jornais publicadas no domingo. Cerca de 50 mil números de telefone de pessoas que teriam sido monitoradas pela empresa israelense NSO vazaram para a imprensa. Não ficou claro de onde veio essa lista — ou quantos telefones foram realmente hackeados.

A NSO nega qualquer irregularidade. A empresa afirma que seu software se destina ao uso contra criminosos e terroristas e está disponível apenas para militares, policiais e agências de inteligência de países com bom histórico de direitos humanos.

Em maio, uma reportagem do portal UOL afirmou que o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, teria participado de negociações para que a NSO participasse de uma licitação do Ministério da Justiça para compra do sistema. Segundo o UOL, o envolvimento de Carlos Bolsonaro teria gerado insatisfação em militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Agência Nacional de Inteligência (Abin), já que o tema estaria fora da alçada do vereador do Rio de Janeiro. Na ocasião, o vereador negou que tivesse articulado qualquer negociação.

O mais recente escândalo de espionagem e roubo de dados foi revelado em investigações feitas pela ONG Forbidden Stories, com sede em Paris, e pelo grupo de direitos humanos Anistia Internacional. As denúncias sobre o uso do software, conhecido como Pegasus, foram divulgadas no domingo pelos jornais Washington Post, Guardian, Le Monde e 14 outras organizações de mídia ao redor do mundo.

Fonte: BBC Brasil

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