Em um almoço, ontem (13), com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reafirmou ao petista seu compromisso com a democracia, defendeu o processo eleitoral e enfatizou que o vencedor da disputa pelo Palácio do Planalto será empossado em 1º de janeiro. As declarações do senador ocorrem em meio às reiteradas tentativas do presidente Jair Bolsonaro (PL) de desacreditar o sistema eletrônico de votação e das insinuações de que não aceitaria o resultado do pleito.
Além de Lula — líder das pesquisas de intenção de voto —, Pacheco recebeu, na residência oficial do Senado, o pré-candidato a vice na chapa petista, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), e parlamentares de partidos aliados ao PT. O encontro serviu para que Pacheco e Lula se conhecessem pessoalmente.
Conforme relatos de parlamentares presentes à reunião, as conversas giraram em torno da preocupação com o futuro do Brasil, em especial o pleno funcionamento das instituições. Segundo ele, para Lula “não se trata apenas de ganhar as eleições, mas de resgatar o que já foi feito, sobretudo em relação à democracia”.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN), que articulou o encontro, afirma que o assunto da reeleição não foi tratado na ocasião, mas que a aproximação dos dois ajuda, evidentemente, em um cenário futuro. Para haver o apoio, no entanto, será necessário esperar o contexto pós eleição e os candidatos que se apresentarem. Ainda de acordo com o senador Jean Paul, “Foi uma conversa institucional e muito republicana. Pacheco e Lula se conheceram, trocaram ideias”.