Telescópio James Webb detecta galáxia “morta” mais antiga já observada

Utilizando o telescópio espacial James Webb, astrônomos conseguiram registrar a galáxia “morta” mais antiga já vista. Ela parou de formar estrelas – portanto, “morreu” – quando o Universo tinha apenas 700 milhões de anos, há mais de 13 bilhões de anos, conforme consta em artigo publicado na revista Nature nesta quarta-feira (6).

Trata-se de uma das observações mais profundas feitas com o James Webb. A partir dela, os pesquisadores concluíram que a galáxia, chamada de JADES-GS-z7-01-QU, deve ter apresentado um processo célere de formação de estrelas – mas que se encerrou rapidamente.

Este é um desfecho inesperado para um contexto tão inicial do Universo, já que, nas primeiras centenas de milhões de anos, havia muita atividade no espaço. Ocorriam, por exemplo, várias colisões entre gases, resultando em novas estrelas.

“Somente mais tarde no Universo começamos a ver galáxias parando de formar estrelas, seja devido a um buraco negro ou a outra coisa”, explica o pesquisador Francesco D’Eugenio, do Instituto de Cosmologia Kavli, na Inglaterra, em comunicado.

O estudo indica que a antiga galáxia JADES-GS-z7-01-QU viveu um período curto (porém intenso) de formação de estrelas entre 30 e 90 milhões de anos.

Então, entre 10 e 20 milhões de anos antes do momento em que foi observada por Webb, tal formação parou subitamente. Não se sabe exatamente por qual motivo formações estelares desaceleram ou param, mas acredita-se que isso esteja relacionado à pouca disponibilidade de gás.

“Tudo parece acontecer mais rápido e de forma mais dramática no início do Universo, e isso pode incluir galáxias passando de uma fase de formação estelar para [uma fase] dormente ou de ‘extinção’”, diz o pesquisador Tobias Looser, primeiro autor do estudo.

Fonte: Revista GALILEU

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