Durante o ciclo da infecção pelo vírus HIV, o causador da aids, existe a fase de latência, na qual o vírus permanece incubado no organismo e a pessoa infectada pode ficar vários anos sem sintomas. Esse estágio é causado quando células imunológicas infectadas ficam num estágio dormente.
Isso é um problema porque ainda não há terapias capazes de eliminar o HIV latente. Assim, se o tratamento antirretroviral for interrompido, o vírus pode sair da latência e progredir para o desenvolvimento da Síndrome da Imunodeficiência Humana, a aids.
Para entender melhor o comportamento dessas células imunes “dormentes”, pesquisadores do Centro de Cura do HIV da Faculdade de Medicina da Carolina do Norte, da Universidade Emory e da Universidade da Pensilvânia, todas nos EUA, conduziram uma pesquisa. O artigo foi publicado no Journal of Clinical Investigations na última quinta-feira (15)
Segundo os autores, o HIV é um vírus complicado de ser estudado por atingir especificamente os principais coordenadores da resposta imune: os linfócitos CD4+, ou linfócitos T. Esses linfócitos conseguem reconhecer proteínas virais e são responsáveis por ativar células de defesa para combater patógenos e anticorpos. Com o passar do tempo, o agente infeccioso acaba matando células suficientes de CD4+ para causar a imunodeficiência.
Fonte: Revista Galileu